segunda-feira, 16 de junho de 2008

PROFESSORADO EM AÇÃO:

PROFESSORADO EM AÇÃO:
EM BUSCA DA BONITEZA DE UM SONHO

BONITEZA DE UM SONHO
Ensinar e aprender com sentido – Moacir Gadotti


• Inspirou-se em Paulo Freire para escrever esse livro “boniteza de ser gente”, da boniteza de ser professor: “ensinar e aprender não podem dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria”.

Colocou um título que fala de sonho e de sentido que querem dizer a mesma coisa.”Sentido” quer dizer caminho não percorrido mas que se deseja percorrer, portanto, significa projeto, sonho, utopia. Aprender e ensinar com sentido é aprender e ensinar com um sonho na mente. A pedagogia serve de guia para realizar esse sonho.

• POR QUE SER PROFESSOR?;
• CRISE DE IDENTIDADE, CRISE DE SENTIDO;
• FORMAÇÃO CONTINUADA DO PROFESSOR;
• SER PROFESSOR NA SOCIEDADE APRENDENTE;
• APRENDER COM EMOÇÃO, ENSINAR COM ALEGRIA;
• EDUCAR PARA UMA VIDA SUSTENTÁVEL;
• SER PROFESSOR, SER EDUCADOR.

POR QUE SER PROFESSOR?



• A beleza existe em todo lugar. Depende do nosso olhar, da nossa sensibilidade; depende da nossa consciência, do nosso trabalho e do nosso cuidado. A beleza existe porque o ser humano é capaz de sonhar.

POR QUE SOU PROFESSOR?

• A resposta talvez possa ser encontrada numa mensagem deixada por um prisioneiro de campo de concentração nazista na qual, depois de viver todos os horrores da guerra – “crianças envenenadas por médicos diplomados, recém-nascidos mortos por enfermeiras treinadas,mulheres e bebês fuzilados e queimados por graduados de colégios e universidades” – ele pede aos professores que
• “ajudem seus alunos a tornarem-se humanos”, simplismente humanos. E termina: “ler, escrever e aritmética só são importantes para fazer nossas crianças mais humanas”.
• Talvez esteja aí a chave para entender a crise que vivemos: perdemos o SENTIDO do que fazemos, lutamos por salários e melhores condições de trabalho sem esclarecer a sociedade sobre a finalidade de nossa profissão, sem justificar porque estamos lutando.

“O objetivo desse pequeno livro é justamente esse imperativo histórico e existencial que me obriga a colocar a questão do sentido do que estou fazendo. Qual é o papel do educador, da escola, da educação? O que um professor pode fazer, o que deve fazer, o que é possível fazer?”

• A esperança ainda alimenta essa difícil profissão. Há uma ânsia por entender melhor porque está tão difícil educar hoje, fazer aprender, ensinar, ânsia para saber o que fazer quando todas as receitas governamentais já não conseguem responder.
• ...a transformação nas condições objetivas das nossas escolas não depende apenas da nossa atuação como profissionais da educação, de outro lado, creio que sem uma mudança na própria concepção da nossa profissão ela não ocorrerá tão cedo.Enquanto não construirmos um novo sentido para a nossa profissão, sentido esse que está ligado à própria função da escola na sociedade aprendente, esse vazio, essa perplexidade, essa crise, deverão continuar.
• Em sua essência, ser professor hoje, não é nem mais difícil nem mais fácil do que era há algumas décadas atrás. É diferente. Diante da velocidade com que a informação se desloca, envelhece e morre, diante de um mundo em constante mudança, seu papel vem mudando, senão na essencial tarefa de educar, pelo menos na tarefa de ensinar, de conduzir a aprendizagem e na sua própria formação que se tornou permanentemente necessária.
• As novas tecnologias criaram novos espaços de conhecimento. Agora, além da escola, também a empresa, o espaço domiciliar e o espaço social tornaram-se educativos. Cada dia mais pessoas estudam em casa, pois podem, de lá acessar o ciberespaço da formação e da aprendizagem a distância.
• Na formação continuada necessita-se de maior integração entre os espaços sociais(domiciliar, escolar, empresarial...) visando preparar o aluno para viver melhor na sociedade do conhecimento. Como previa Herbert McLuhan, na década de 60, o planeta tornou-se a nossa sala de aula e o nosso endereço. O ciberespaço rompeu com a idéia de tempo próprio para a aprendizagem. O espaço da aprendizagem é aqui, em qualquer lugar, o tempo de aprender é hoje e sempre.
• Poderíamos dizer que o professor se tornou um aprendiz permanente, um construtor de sentidos, um cooperador, e sobretudo, um organizador da aprendizagem. Se falarmos do professor de adultos e do professor de cursos a distância, esses papéis são ainda mais relevantes. De nada adiantaria ensinar, se os alunos não conseguirem o seu trabalho, serem sujeitos ativos da aprendizagem, auto disciplinados, motivados
O QUE É SER PROFESSOR HOJE?

• Ser professor hoje é viver intensamente o seu tempo com consciência e sensibilidade. Os educadores, numa visão emancipadora, não só tranformam a informação em conhecimento e em consciência crítica, mas também formam pessoas.